A Rádio Universidade de Coimbra - RUC e Mercado Quebra-Costas assinam Protocolo de Colaboração Considerando mutuamente vantajosa a colaboração na dinamização e promoção de eventos culturais na cidade de Coimbra, e de forma a fortalecer e regular os laços existentes, a Rádio Universidade de Coimbra - RUC e o Mercado Quebra-Costas assinam protocolo de colaboração. Um protocolo que vem assegurar Dj`s RUC em todas as edições do Mercado Quebra-Costas.
Esta colaboração tem início já na próxima edição 13Junho de 2009 e para a celebrar, a título excepcional, a RUC transmitirá em directo desde o Mercado, das 18H às 20H.
Os Dj´s RUC presentes na próxima edição são Inês Rodrigues e João Torgal, das 14H às 18H30.
Sintonize RUC 107.9 FM
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O encontro entre a música, arte e designO mercado volta a marcar presença no próximo dia 13 de Junho na Rua do Quebra-Costas com um programa consolidado entre a música, a arte, o design e o artesanato.
Nesta edição serão apresentados projectos que vão do jazz ao design. O concerto está a cargo de João Lencastre, uma referência incontornável do novo jazz feito em Portugal, que se apresenta em quarteto e com o convidado especial saxofonista Ben Van Gelder, que com apenas 21 anos de idade, está a impor as suas perspectivas na mais difícil das metrópoles, Nova Iorque.
Combinando arte e design, Laura Rôla propõe uma intervenção neste espaço público, um contributo para a reinvenção efémera da cidade e reflexão sobre novos contributos de cidadania aliados à participação da arte e do design em contexto urbano.
Como habitualmente durante todo o dia pode desfrutar de uma mão cheia de produtos seleccionados: artesanato urbano, roupa, bijutaria, artigos em segunda mão, design, discos, livros, banda desenhada, produtos biológicos, comida macrobiótica, bolos regionais, massagem, cabeleireiro e manicure.
Esta edição coincide com a Feira Medieval de Coimbra, organizada pela Turismo de Coimbra, a decorrer no Largo da Sé Velha.
Ben Van GelderQuarteto João Lencastre + convidado especial Ben Van Gelder
André Fernandes guitarra
Ben Van Gelder saxofone
Nelson Cascais contrabaixo
João Lencastre bateria
Bem pode João Lencastre apresentar-se na sua página do Myspace, com humor, como um mau baterista, completamente desprovido de sentido de tempo e incapaz de manter um "beat". O certo, mesmo, é que se tornou numa referência incontornável do novo jazz feito em Portugal. E com as melhores das companhias: David Binney, Phil Grenadier, Leo Genovese e Thomas Morgan acompanham-no no recente álbum "B-Sides", assim como Bill Carrothers foi o convidado especial do seu disco de estreia, "One!", contando ainda na sua actividade com as cumplicidades de músicos como André Fernandes, André Matos, Demian Cabaud, Carlos Martins, Mário Franco e Jesse Chandler. Fernandes volta agora ao seu convívio e acrescentam-se ao rol o contrabaixista Nelson Cascais e o saxofonista alto Ben Van Gelder. Entre estes, o primeiro é um dos valores já tomados como seguros da jovem geração de "jazzmen" nacionais, enquanto o segundo, com apenas 21 anos de idade, está a impor as suas perspectivas na mais difícil das metrópoles, Nova Iorque. Depois de estudos com George Coleman, George Garzone e Lee Konitz, chamou a atenção de músicos como Jean-Michel Pilc, Ari Hoenig e James Genus e com eles entrou no circuito dos clubes e dos palcos.
Crítica Ípsilon • Sexta-feira 5 Junho 2009 • 41
João Lencastre’s Communion
B-Sides
Fresh Sound New Talent
"O conceito de lado B está associado às sobras. É a designação dada àquelas músicas que não chegam a entrar num álbum, mas que eventualmente são repescadas para encher um single - isto fazia sentido quando a música se consumia em
rodelas de vinil. Ao lermos o título deste novo disco de João Lencastre, “B-Sides”, podemos ficar com a ideia que estariam aqui reunidas “sobras” das gravações do seu óptimo disco de estreia “One!”. Mas essa ideia está errada. Gravado com uma formação distinta, este “B-Sides” é um objecto autónomo, distinto do anterior, mas que mantém com esse disco uma fundamental característica: uma acesa criatividade. Do grupo que gravou “One!”, um dos pontos altos do jazz português
dos últimos anos, mantém-se, além de Lencastre, o trompetista Phil Grenadier. Desta vez sem Bill Carrothers (estrela maior no panorama mundial), entrou para o piano Leo Genovese, foram chamados os saxofonistas David Binney e Jeremy Udden e o contrabaixo ficou com Thomas Morgan. Como aconteceu com o anterior, neste disco são poucos os momentos para expressões de virtuosismo individualista. O grupo assenta numa ideia de partilha e vale pela unidade colectiva. Felizmente esta tem sido uma tendência recente dos novos músicos portugueses que, em vez de esperarem por uma oportunidade no fechado circuito nacional, têm procurado colaboradores estrangeiros para explorar projectos aventureiros,
pouco dados à banalidade - tendência que se confirma também com o projecto Tetterapadequ de João Lobo e Gonçalo Almeida. Se no disco de estreia havia várias versões (Ornette, Hubbard, “Summertime” e Björk) desta vez o grupo só se atira a dois temas alheios (“Fiasco”, de Paul Motian, e “Pete Best”, de Steve Swallow). Nos temas restantes a composição é da responsabilidade de Genovese, Morgan e Lencastre. E, tal como em “One!”, há dois momentos resultantes da exploração colectiva. “B-Sides” complementa “One!” e, além de mostrar um bom baterista, que sabe aplicar com inteligência os seus variados recursos, temos aqui um líder com visão estratégica." Nuno Catarino
quebra_Arte&Design
de Laura Rôla
Montras Lojas + escadaria Quebra-Costasde 13 Junho a 9 de Julho 2009
A Rua do Quebra-Costas, em tempos designada Rua das tendas, tem vindo a preservar a sua cultura urbana de matriz comercial, e a salvaguardar o seu carácter pitoresco protagonizado pela sua escadaria íngreme e escorregadia. Combinando arte + design, Laura Rôla propõe uma intervenção neste espaço público, sublinhando os efeitos que conjugam a “anatomia” do contexto patrimonial e o corpo humano em movimento.
Recorre à psicologia da cor na escadaria, induzindo um efeito retemperador nos passantes que, partindo de um vermelho rubro, pressagiam o quebrar das suas costas à medida que ascendem cidade acima… gradualmente a cor arrefece. No fim espera-os um azul intenso! Depois…e ao mesmo tempo, regista sobre vitrinas silhuetas estáticas de gente que insinua gestos de tempo passado e presente, oferecendo-as ao olhar de quem passa, distraindo o seu esforço.
A intervenção, integrada no percurso académico da autora, constitui um contributo para a reinvenção efémera da cidade, num quadro patrimonial peculiar de Coimbra – facto legitimador da visita ao local e da reflexão sobre novos contributos de cidadania aliados à participação da arte e do design em contexto urbano.